A verdade é extremamente manipulável.

20 de jul. de 2010

Coincidências existem?

Olá a todos. Começarei meu blog por tópicos que me interessam e que, "coincidentemente", farão todo sentido com o tema do meu blog ao longo da leitura ou no final da leitura de cada postagem. Certos trechos são de outro site, enquanto outros são pensamentos meus. Normalmente irei colocar como eu penso, eu acho ou análogos a esta expressão quando for alguma impressão ou percepção minha acerca de algo. Dúvidas e sugestões sobre o que abordar são bem vindos

Coincidências existem? Ou seriam um agrupamento de fatos que tendem por culminar no que chamamos de coincidência por falta de percepção causal?

A coincidência ocorre quando algo estranho, acidental e inesperado acontece. A palavra é derivada do latim co-("in", "com", "juntos") e incidere ("cair sobre"). Na ciência, o termo é geralmente usado em uma tradução mais literal, por exemplo, referindo-se quando dois raios de luz atingem uma superfície no mesmo ponto e ao mesmo tempo. Neste uso da coincidência, não há nenhuma implicação de que o alinhamento dos eventos é surpreendente, digno de nota ou não-causal.

A coincidência não prova uma relação, mas os eventos relacionados podem vir a ter um maior índice de coincidência. Probabilidade é a ferramenta básica (ou método) para avaliar racionalmente coincidências. No campo da matemática, o índice de coincidência podem ser usados para analisar se os dois acontecimentos estão relacionados. Do ponto de vista estatístico, as coincidências são inevitáveis e muitas vezes menos notável do que pode parecer intuitivamente. Um exemplo é o problema de aniversário, onde a probabilidade de dois indivíduos que compartilham um aniversário já ultrapassa 50%, com um grupo de apenas 23.



Medir a probabilidade de qualquer série de coincidências é o método mais comum de avaliação e determinação de mera coincidência ou causalidade conectado.

Quem desconhece a matemática profundamente parece ter mais consciência do paradoxo básico da teoria da probabilidade, sobre os quais os filósofos têm ficado intrigado desde que Pascal iniciou o ramo da ciência, em 1654. O paradoxo consiste no fato de que a teoria da probabilidade é capaz de prever com precisão incomum o resultado global de processos compostos por um grande número de acontecimentos individuais que, sozinhos, são imprevisíveis. Em outras palavras, observamos um grande número de incertezas produzir uma certeza, um grande número de eventos criando um resultado total.

Estabelecer causa e efeito (causalidade) é difícil, posto que a "Correlação não implica causalidade". Na Estatística, é geralmente aceito que os estudos observacionais podem sugerir algo, mas nunca estabelecer causa e efeito. Com o paradoxo da probabilidade considerado, parece que quanto mais coincidências, a certeza aumenta e mais parece que existe algum motivo por detrás desta coincidência de eventos.

O biólogo austríaco Paul Kammerer, que cometeu suicídio em 1926, aos 45anos, criou a teoria da Serialidade.
Kammerer postulou que todos os eventos são conectados por ondas de serialidade. Estas forças desconhecidas causariam o que nós percebemos como apenas os picos, ou agrupamentos e coincidências. Kammerer era conhecido, por exemplo, por fazer anotações em parques públicos sobre o número de pessoas que estavam passando e quantas delas carregavam guarda-chuvas etc. Albert Einstein chamou a idéia da serialidade de "Interessante e de modo algum absurdo", enquanto Carl Jung se baseou na Serialidade para cunhar a teoria da Sincronicidade.

A ciência é a prática de construir explicações teóricas de como os acontecimentos (fenômenos) acontecem várias vezes coincidentemente. Coincidências notáveis, por vezes, podem levar a teorias que envolvem forças sobrenaturais ou psíquicas. Ou a explicação de que uma pessoa ou pessoas agiram intencionalmente e a coincidência é a evidência dessas ações.

Alguns pesquisadores (por exemplo, Charles Fort e Carl Jung) compilaram milhares de coincidências e outros fenômenos supostamente anômalos (sincronicidade). A percepção de coincidências leva muitas vezes ao oculto ou a alegações paranormais. Também pode levar à crença do fatalismo, de que os eventos vão acontecer da maneira exata à um plano pré-determinado. Isso dá uma certa aura de inevitabilidade dos acontecimentos.

No livro The Psychology of a Psychic, David Marks descreve quatro significados distintos para o termo "coincidência". Marks sugere que as coincidências ocorrem devido a "encontros/ligações/elos estranhos", quando dois eventos A e B são percebidos contendo alguma semelhança, de algum tipo. Por exemplo, o sonho de um acidente de avião (evento A) será acompanhado da notícia acerca de um acidente de avião na manhã seguinte (caso B).

Deepak Chopra e outros defensores da antiga crença espiritual Védica (e outros) insistem na ideia de que coincidências NÃO existem. Tudo o que ocorre pode estar relacionado a uma causa anterior ou a uma associação, não importa quão grande ou quão trivial seja. Tudo é afetado por algo que está relacionado, que é visível ou invisível, conhecido ou desconhecido.

Tem um episódio da série FRINGE que fala sobre coincidêcias. Aliás, a série inteira parece ser uma "grande coincidência", não?

Mas falar em coincidência me traz à mente o termo apofenia que, aposto, pouquíssimas pessoas conhecem. O termo foi proposto por Klaus Conrad no final da década de 50 (do século 20) e se refere a experiência de ver padrões ou conexões significativas em dados aleatórios ou sem sentido. Conrad definiu como "ver conexões onde não há um porquê", acompanhado de uma "experiência específica de um significado anormal".

É mais comum as pessoas se sentirem atraídas por casos onde há complexidade na forma de se encontrar o vínculo apofênico, as conexões, e, para isso, muitas vezes usam operações matemáticas de alto grau. Pode-se usar o quadrado dos números, raízes da soma, produtórios, sequencia de Fibonacci, etc. Basta lembrar do filme NÚMERO 23, com o Jim Carrey.

Hum, então, a verdade é apenas um postulado de fenômenos que fazem sentido. Este último é dado aleatoriamente? Não, mas como bem convém.

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